2011
Organização: Grupo de
Estudos do Centro de Pesquisa em Arte e Fotografia do Departamento de Artes
Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
Coordenação: Prof. Dr.
Domingos Tadeu Chiarelli
Data: de 07 a 11 de
novembro de 2011
Horário: 14h às 17h30Local: Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
Horário
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Dia 7
Segunda-feira
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Dia 8
Terça-feira
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Dia 9
Quarta-feira
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Dia 10
Quinta-feira
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Dia 11
Sexta-feira
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14h
às
16h
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Mesa 1
Sandra Sofia Machado Koutsoukos
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Mesa 1
Joaquim Cesar da Veiga Netto
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Mesa 1
Eugênia Gorini Esmeraldo
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Mesa 1
Tatiana Fecchio da Cunha Gonçalves
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Mesa 1
Fernanda Pitta
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Mesa 2
Aldrin Moura de Figueiredo
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Mesa 2
Maria Beatriz Ramos de Vasconcellos Coelho
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Mesa 2
Ana Magalhães
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Mesa 2
Daniel Bueno
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Mesa 2
Alex Miyoshi
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16h00
às
16h30
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Intervalo
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16h30
às
17h30
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Palestra
Laura Malosetti Costa
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Depoimento
Gustavo Rezende
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Palestra
Isabel Huizi Castilho
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Depoimento
João Câmara
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Palestra
Maraliz Christo
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Crítico
Thiago Mesquita
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Crítico
Paulo Klein
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Exibindo gente. Espetáculo e ciência em fotografias das exposições do
século XIX e início do XX
Sandra Sofia Machado Koutsoukos
A partir de meados do século XIX,
incrementou-se a exposição de pessoas, ao vivo, ou em fotografia, como forma de
entretenimento, de “estudo científico”, de registro antropológico, ou como objeto
a ser incluído nos gabinetes de curiosidades e coleções. Sobretudo, após 1851,
com a organização das grandes exposições universais, displays de pessoas
eram montados e explorados por meses a fio naqueles enormes centros de exibição
da modernidade e do progresso. A exposição e o registro do “outro” explorava o
suposto “primitivismo” daquelas pessoas, em contraste com a enorme quantidade
de avanços tecnológicos, industriais, científicos e artísticos apresentados.
Colocados no início da escala evolutiva humana, os índios, os negros, os
outros povos colonizados e os “bizarros” (estas últimas, pessoas com
peculiaridades de nascença ou doenças) talvez fossem as exibições que mais
despertavam a curiosidade do grande público que frequentava as feiras. Tais exibições,
a princípio, vinham cumprir a função de informar e suscitar o respeito por
aquele “outro”, mas terminavam por incutir mais sentimentos de superioridade no
branco de ascendência europeia, ajudando a reafirmar teorias racistas então em
voga e, assim sendo, “justificando” e “desculpando” o crescente imperialismo.
Apresento aqui algumas daquelas fotografias e histórias de pessoas exibidas.
Sandra Sofia Machado Koutsoukos é autora de Negros
no estúdio do fotógrafo. Brasil, segunda metade do século XIX. Campinas,
SP: Editora da UNICAMP, 2010. Graduada em Belas Artes pela UFRJ,
é mestre e doutora pelo Instituto de Artes da UNICAMP. Atualmente é
pós-doutoranda em Multimeios, Mídia e Comunicação, no Instituto de Artes da
UNICAMP, e bolsista FAPESP, pesquisando sobre as exibições de pessoas nas
exposições, feiras, circos e museus do século XIX e início do XX.
A
disputa pelo passado: pintura, fotografia e círculos intelectuais em Belém do
Pará (1880-1910)
Aldrin Moura de
Figueiredo
A construção de uma ideologia de progresso e a disputa
em torno da explicação histórica do passado foi uma questão dramática para os
intelectuais brasileiros do final do século XIX. Na Amazônia, os círculos
intelectuais paraenses vinculados ao campo das artes foram atuantes na construçao
de um mercado de arte, com a forte atuação de colecionistas, críticos, mecenas
e um circuito de exposições e mostras em teatros, galerias, casas comerciais e
residencias particulares. Tomando como foco de estudo, a presença de artistas
estrangeiros como Domênico De Angelis, Giovanni Capranesi, Maurice Blaise,
Joseph Cassé, Georges Hubner entre outros, além dos artistas brasileiros como
Carlos Custodio de Azevedo, Irineu de Souza, Theodoro Braga, Batista da Costa,
Benedito Calixto, Oscar Pereira da Silva, Antonio de Oliveira e outros,
buscamos analisar as aproximações e distanciamentos entre os diferentes campos
da artes visuais, em especial da pintur a e da fotografia, de modo a entender o
processo histórico e papel político dos artistas na formação de pinacotecas e
coleções públicas e privadas, assim como de um "gosto local" no
processo de escolha de temas e problemas que ultrapassaram a identidade
regional e a estética visual, em pleno auge econômico da exploração da borracha
na Amazônia.
Aldrin Moura de
Figueiredo é doutor em História pela Unicamp, professor
da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em História Social da
Amazônia da Universidade Federal do Pará e pesquisador do CNPq.
16h30 às 17h30
El rostro visible de las ideas. Acerca del
destino público de algunos retratos del siglo XIX
Laura Malosetti Costa
En las
últimas décadas del siglo XIX se vivió un proceso de consolidación de las ideas
de nación en América Latina, se construyeron relatos y se fundaron Museos e
instituciones escolares que difundieron esos relatos y las imágenes que los
sostuvieron en la población. Tuvieron lugar iniciativas oficiales en ese
sentido, pero a lo largo del tiempo, algunas de esas iniciativas resultaron
exitosas y otras no.
Este
trabajo aborda el problema de los retratos de los personajes identificados como
héroes nacionales como soporte de esas ideas. Se analizará en particular, los
casos de José de San Martín en Argentina, José Miguel Carrera en Chile y José
Gervasio Artigas en Uruguay.
Laura Malosetti Costa – Doutora em História da Arte (UBA),
investigadora independente do CONICET, Diretora do Mestrado em História da Arte
Argentina e Latinoamericana no Instituto de Altos Estudos Sociais, UNSAM,
Professora de Arte Argentina e Latinoamericana do Século XIX e de Arte européia
do Século XIX na UBA. Professora visitante nas Universidades de Leeds e de East
Angila (UK), UNAM e Iberoamericana (Mexico), Universidades do Chile, do
Uruguay, de São Paulo no Brasil, e do Cone Sul na Argentina. Investigadora da
Universidade de Buenos Aires, da ARIAH (Association of Research Institutes in
Art History); bolsista de posdoutoramento da Fundação Paul Getty. Recebeu bolsas
y subsidios da Fundação Rockefeller, do Ministério de Relações Exteriores da
Argentina e de outros organismos e universidades da Argentina e do exterior. Autora
de vários livros e numerosos artigos sobre a arte argentina e latinoamericana
que foram premiados em várias oportunidades. Curadora das exposições Pampa, Ciudad y
Suburbio (IMAGO), Primeros Modernos en Buenos Aires (MNBA), Vida quieta (MMIFB), Norte en el Sur (MUNTREF) entre outras.
Dia 8 – Terça-feira – 14h00 às 16h00
Os retratos de Luiz Braga: a dimensão pictórica da visualidade amazônica
Joaquim Cesar da Veiga Netto
O objetivo desta comunicação é levantar questionamentos a respeito da
produção fotográfica de Luiz Braga, considerando o gênero “retrato”. Desta
forma, faremos um recorte dentro do próprio objeto e iremos analisar os
retratos que fazem parte do acervo MAM-SP. Analisaremos a dimensão pictórica da
visualidade amazônica presente nestas imagens, que gaurdam elementos
estruturantes relacionados à poética deste fotógrafo, cuja motivação situa-se
no campo da relação entre fotografia e pintura. Partiremos do pressuposto que a
correspondência pictórica presente nestas fotografias condensam o “essencial”
das qualidades da região - observando que tais imagens transitam no limiar
entre o retrato e a representação - entre o documental e o artístico.
Joaquim Cesar da Veiga Netto. Doutorando em Artes Visuais , na
linha de Pesquisa de História e Crítica da Arte - PPGAV/EBA/UFRJ. Mestrado em Artes Visuais pelo
Programa de Pós Graduação em
Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade
Federal do Rio de Janeiro-UFRJ (2006). É professor do Curso de Artes Visuais da
Universidade Federal do Amapá.
Retrato do Brasil? A
fotografia documental e a imagem da nação.
Maria Beatriz Ramos
de Vasconcellos Coelho
Resumo: O objetivo dessa reflexão é analisar como a imagem fotográfica
da nação brasileira foi construída pela fotografia de documentação. Afinal, que
imagem é esta? Quais foram seus construtores? Com quem estavam dialogando? Que
influências receberam? O foco é a segunda metade do século XX. O retrato do
Brasil será apresentado a partir do corte rural / urbano. Através de uma série
de fotografias, vamos observar como essa imagem mudou ao longo dos anos e
procurar entender o que causou essa transformação. Pois, mais do que as
metamorfoses de cenário e pessoas, e inovações técnicas, os retratos espelham como,
ao longo dos anos, fomos vistos e mostrados para nós mesmos.
Maria Beatriz Ramos
de Vasconcellos Coelho é autora do livro Imagens da nação: brasileiros na fotodocumentação de 1940 até o final do século
XX (São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial do Estado de São Paulo : Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2011; no prelo). Consultora convênio MEC/UNESCO
(2011). Coordenadora Pedagógica do Programa de Cultura das Estações
Conhecimento da Fundação Vale (2010). Consultora para a área de fotografia do
Memorial de Minas (2009). Acervo Mana Coelho do Museu Histórico Abílio Barreto
– MHAB, de Belo Horizonte. As fotografias que fiz na capital mineira entre 1976
e 1986 foram adquiridas através do Programa
Caixa de Adoção de Entidades Culturais, promovido pelo Ministério da Cultura
em convênio com a Caixa Econômica Federal. Professora do mestrado e depois
Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFMG (2002 – 2008). Professora do
curso de Ciências Sociais da UFMG (2001 – 2008). Professora do curso de
Comunicação Social da PUC-MG (1988 – 2001). Doutora em Sociologia pela USP
(2000). Fotógrafa profissional (1976 – 1990).
16h30 às 17h30
O uso da fotografia
na obra de Gustavo Rezende
Gustavo Rezende
Gustavo Rafanti de
Rezende (Passa Vinte MG 1960). Escultor, desenhista, gravador, artista
multimídia, arquiteto, pintor. Estuda arquitetura na Faculdade de Belas Artes
de São Paulo entre 1980 e 1984. No mesmo período faz curso de modelo vivo na
Pinacoteca do Estado de São Paulo e trabalha no setor de arte-educação da
instituição. Em 1989, colabora no Escritório de Arquitetura Toni Follina, em
Treviso, Itália. Recebe o Prêmio British Council Fellowship, em 1993, e
permanece um ano na Inglaterra com o patrocínio do Conselho Britânico de São
Paulo. No ano seguinte faz mestrado no Goldsmith’s College. Desde o fim da
década de 1990 é professor de escultura da Fundação Armando Álvares Penteado,
FAAP, em São Paulo. Em
2000 recebe a Bolsa Vitae de Artes e faz doutorado na Escola de Comunicações e
Artes da Universidade de São Paulo, ECA/USP. Fonte: Enciclopédia Visual Itaú
Cultural. Atualizado em 11/11/2008.
Arte e Fotografia na
obra de Gustavo Rezende
Thiago Mesquita
A comunicação versará sobre o uso que o artista Gustavo Rezende faz de
fotografia em seu trabalho.
Thiago Mesquita – É formado em
Ciências Sociais e tem mestrado em Filosofia na FFLCH –
USP. Escreve críticas de arte desde a década de noventa.
Já colaborou com publicações como Revista Novos Estudos CEBRAP, Revista
+Soma, Folha de São Paulo e Jornal O
público. Fez a curadoria da Exposição Versões do Modernismo na Coleção
Tuiuiu em cartaz no Instituto de Arte
Contemporânea de São Paulo (IAC – SP).
Dia 9 – Quarta-feira – 14h00 às 16h00
O
atleta de Pablo Picasso
e a fotografia
Eugênia Gorini
Esmeraldo
A comunicação versa sobre uma das pinturas de
Pablo Picasso da coleção do MASP, O
atleta, realizada em 1909 pelo artista já radicado em Paris, numa de suas
viagens à terra natal. Não havia maior informação sobre o modelo da obra,
considerada um exemplo do cubismo analítico, e há pouco tempo veio à luz o nome
do retratado.
Eugênia
Gorini Esmeraldo, mestre em História da Arte pelo IFCH/Unicamp.
Formada em jornalismo pela UFRGS, museóloga, curadora e coordenadora de
intercâmbio do MASP, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.
Imagens de escravos no Brasil
Ana Gonçalves Magalhães
A comunicação propõe uma análise de Depois do Banho, de Edgar Degas (1896,
óleo sobre tela, Philadelphia Museum of Art) à luz de sua relação com a
tradição da pintura (iconografia da toalete de Vênus) e, em particular, com a
fotografia erótica/pornográfica da virada do século XIX para o XX em formato de
cartão postal, mais precisamente àquelas elaboradas por Pierre Louÿs
(1870-1925).
Ana Gonçalves Magalhães. Docente e curadora da Divisão de Pesquisa em Arte, Teoria e Crítica do
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Historiadora da arte,
tendo atuado como coordenadora editorial da Fundação Bienal de São Paulo entre
2001 e 2008. Membro do Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA) desde 2000.
Possui bacharelado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1992,
UNICAMP), mestrado em História da Arte e da Cultura pela mesma universidade
(1995), e doutorado em História e Crítica da Arte pela Universidade de São
Paulo (2000, USP).
16h30 às 17h30
Tejidos desde la imagen: miradas al héroe en la pintura académica
venezolana del siglo XIX
Isabel Huizi Castillo
Es una invitación a convertirse poéticamente en sujetos metafóricos a la
manera que propone José Lezama Lima, para observar y provocar mediante nuestras
intervenciones, mediante la “fuerza revulsiva” de nuestras miradas, las nuevas
visiones que queremos tejer desde y sobre las imágenes del héroe que la pintura
académica venezolana del siglo XIX nos ofrece. Esa nueva visión de la pintura épica
y de la representación del héroe de nuestros procesos de Independencia, ha
sufrido, sin duda, la imposición que desde el historicismo há petrificado las
posibilidades de lecturas e interpretaciones enriquecedoras, fijándolas em
nichos poco accesibles al juego y movimiento de contrapunteos y diálogos con
las artes de la modernidad y la contemporaneidad. Guardadas en el refrigerador
de la Historia ,
y custodiadas por el cocodrilo de Hegel, las imágenes heroicas y épicas del
siglo XIX venezolano, y latinoamericano, sufren de un apolillamiento
interpretativo propio de las láminas ejemplares, lo que les impide un saludable
refrescamiento por aires nuevos de interpretaciones y confrontaciones que las
liberen de homologaciones spenglerianas, sin participación de la poesía que
individualiza y hace única cada mirada para cada obra.
Isabel Huizi Castillo, es licenciada en artes audiovisuales e
historiadora de arte y cine de la
Escuela de Altos Estudios en Ciencias Sociales de la Universidad de París
VII-Sorbona (1976). Las áreas de interés investigativo y académico de la Licenciada Huizi
son las de los estudios culturales y de la imagen: semiótica de la cultura y de
la imagen, relaciones imagen-palabra, códigos verbo-icónicos, simbología,
mitología, estudios de género y museología.
Isabel Huizi desarrolla de manera independiente investigación sobre las
artes del Caribe y em particular sobre arte haitiano, temas sobre los que ha
dictado numerosas conferencias. Ha sido Directora Ejecutiva de la Fundación Galería
de Arte Nacional, Directora General de Museos del CONAC, Directora General de la Biblioteca Isaac
J. Pardo del CELARG y Directora General del Museo de la Estampa y el Diseño Carlos
Cruz-Diez. Actualmente, es Directora General Editorial de la Universidad Nacional
Experimental de las Artes (UNEARTE) y publica artículos en diversas revistas.
Tiene en preparación dos libros titulados El
criollismo en el sistema de imágenes de las artes visuales
latinoamericanas, que mereció
Mención de Honor en el Premio Internacional de Ensayo Mariano Picón
Salas, 2009 y Una deuda con Doña
Bárbara que constituye una conferencia magistral que dictará en ocasión de
la entrega del Premio Internacional de Novela Rómulo Gallegos 2011.
Dia 10 – Quinta-feira – 14h00 às 16h00
Imagens da Loucura
Tatiana Fecchio da
Cunha Gonçalves
A maneira de construir uma representação não é isenta das formas de
compreender de uma época. Nas imagens construídas há elementos que revelam a
maneira com a qual o conhecimento sobre uma determinada questão representada
ocorre para um sujeito e para seu tempo histórico. Nesta apresentação serão
apresentadas diversas imagens fotográficas, de quatro fotógrafos (Leonid
Streliaev, Alice Brill, Claudio Edinger e Claudia Martins), que realizaram
imagens em hospitais psiquiátricos brasileiros no século XX. A partir delas se
construirá discussões acerca das formas de compreender a loucura, desvelando
elementos naturalizados neste processo de re-apresentar que se traduzem na
imagem em elementos iconográficos muitas vezes re-acessados de uma tradição de
representação da loucura iniciada no século XVII. Será por fim pontuado como as
alterações sociais em relação à compreensão da loucura, derivada das discussões
apresentadas pela reforma psiquiátrica no século XX, praticamente inexiste em
algumas destas imagens e se anuncia de forma germinal em outras.
Tatiana Fecchio da
Cunha Gonçalves. Doutora em Artes/ Unicamp (FAPESP) com estágio sanduíche PDEE na
Wellcome Trust Centre for the History of Medicine/ UCL Londres (CAPES); Mestre
em Artes/ Unicamp (2004); Bacharel e Licenciada em Educação Artística /
Unicamp (2001). Especialista em Arteterapia/ Unicamp (2003) e especialista em
Artes e Novas Tecnologias na Universidade de Brasília/ UnB (2005). Membro dos
grupos de Pesquisa: Transferência Cultural entre Europa e América Latina (IA/
Unicamp) e Desenvolvimento, Linguagem e Práticas Educativas (FCM/ Unicamp).
Documentos de ideias: a fotografia na obra de
Saul Steinberg
Daniel Bueno
O artista de origem romena naturalizado
americano Saul Steinberg (1914-1999), famoso pelos trabalhos e capas para a
revista New Yorker, utilizou fotos em seu trabalho de diversas maneiras,
sempre com a intenção de registrar ideias. Hábil ao trabalhar com ambiguidade e
ilusão, fazia desenhos sobre fotos alterando seu o significado original. Também
usava a fotografia para registrar intervenções a traço sobre objetos como
cadeiras e banheiras, privilegiando a foto ao elemento original: “não há razão
para ter um objeto – basta um documento”. É também relevante a série de
retratos de Steinberg e amigos vestidos com máscaras criadas pelo artista -
tema importante em sua obra -, tiradas por Inge Morath. Por fim, Steinberg
acumulou fotos e cartões postais em suas inúmeras viagens, utilizando o
material como insumo para suas paródias e crônicas visuais. Será dado enfoque
ao modo como o artista recorreu à fotografia como meio para falar sobre
metalinguagem, ilusão, o tema da máscara, e autobiografia.
Daniel Bueno é ilustrador e
artista gráfico, formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São
Paulo em 2001. Em 2007 concluiu sua dissertação de mestrado sobre Saul
Steinberg na FAU-USP. Em 2011 participou da exposição “Saul Steinberg: as
aventuras da linha” (IMS/Pinacoteca), escrevendo o capítulo “Diário de Viagem”
com a curadora Roberta Saraiva para o catálogo da mostra. Foi premiado em
primeiro lugar no Salão Internacional de Desenho para a Imprensa de Porto
Alegre (Brasil, 2003). Também ganhou o Bronze no anuário da 3x3 (EUA), a menção
honrosa no festival de animação Prix Ars Electronica (Áustria) e quatro HQ Mix
(Brasil). Recentemente, o livro "A janela de esquina do meu primo",
ilustrado por Bueno, recebeu Menção Honrosa na Feira do Livro Infantil de
Bolonha (Itália, 2011). É também ilustrador de dois livros que receberam o
Prêmio Jabuti: "Um Garoto chamado Rorbeto" e "O Melhor time do
mundo". Participou de diversos catálogos e anuários como os da Society of
Illustrators of New York, 3x3, 200 Best Illustrators Worldwide e do
"Illustration Now!" da Taschen (2009 e 2011). Integra o coletivo
Charivari e diversos fanzines experimentais.
16h30 às 17h30
O uso da fotografia
na obra de João Câmara
João Câmara
João Câmara Filho (João Pessoa PB
1944). Pintor, gravador, desenhista, artista gráfico, professor e crítico.
Estuda pintura no curso livre da Escola de Belas Artes da Universidade Federal
de Pernambuco, entre 1960 e 1963. Nesse ano, é eleito presidente da Sociedade
de Arte Moderna do Recife, SAMR, e cursa xilogravura, sob orientação de
Henrique Oswald e Emanoel Araújo, na Escola de Belas Artes de Salvador. Em
1964, funda, com Adão Pinheiro, José Tavares e Guita Charifker o Ateliê
Coletivo da Ribeira e, em 1965, o Ateliê + Dez, ambos em Olinda. Entre 1967 e
1970, leciona pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da
Paraíba, em João
Pessoa. Em 1974, monta um ateliê de litografia, transformado
depois na Oficina Guaianases de Gravura, que, a partir de 1995, é incorporada
ao Laboratório de Artes Visuais da Universidade Federal de Pernambuco. A partir
da década de 1960, a
produção de João Câmara caracteriza-se por apresentar, ao lado de figuras
humanas com seus corpos estruturados, representações de corpos fragmentados, o
que confere um caráter de estranheza aos trabalhos. Na década de 1970, o
artista inicia a realização das séries Cenas da Vida Brasileira 1930/1954
(1974-1976) e Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara
(1977-1983). Em 1986, realiza a série O Olho de meu Pai sobre a Cidade,
em que faz uma homenagem a seu pai e à cidade do Recife. Em 2001, conclui a
série Duas Cidades, que tem como cenário as cidades de Recife e Olinda.
Fonte: Enciclopédia Visual Itaú Cultural. Atualizado em 04/11/2005.
Pintura e Fotografia
na obra de João Câmara
Paulo Klein
Resumo: a comunicação versará sobre o uso que o artista João Câmara faz
de fotografia em sua pintura, desde os anos 1960.
Paulo Klein – Curador independente - SP.
Dia 11 – Sexta-feira – 14h00 às 16h00
Entre Caipiras e
Bandeirantes: Caipiras Negaceando, de
José Ferraz de Almeida Júnior, e Os
Bandeirantes, de Henrique Bernardelli
Fernanda Pitta
A comunicação pretende analisar, a partir da entrada para a coleção da
Galeria da Academia das telas “Caipiras Negaceando”, de José Ferraz de Almeida
Júnior, e “Os Bandeirantes”, 1890, de Henrique Bernardelli, alguns aspectos do
imaginário criado em torno da figura do caipira e do bandeirante em fins do
século XIX e início do século XX no Brasil. A comunicação apoia-se na
documentação dos jornais paulistas, que fazem campanha pela aquisição da tela
de Almeida pelo Estado de São Paulo, na documentação do Museu D. João VI, que
discute a premiação dessas obras na exposição de 1890, discutindo sua qualidade
artística, seu valor venal e inclusive dando indícios de como seus preços eram
estipulados e de como as obras eram comparadas, inclusive quanto a suas
qualidades artísticas. Tem como intuito armar um contexto de como essas obras,
seus temas e discursos foram recebidos no circuito paulista e carioca da
Academia dos anos 1880-90, investigando a constituição de um imaginário que
extrapola os domínios da pintura acadêmica e se nutre de debates científicos e
políticos da época, como os da necessidade de ocupação do território brasileiro
e da questão indígena.
Fernanda Mendonça
Pitta
é doutoranda em história da arte no programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da
ECA-USP, com orientação do prof. Tadeu Chiarelli. É também bolsista da FAPESP e
integrante do Grupo de Estudos Arte & Fotografia.
O quadro Leitura, de Almeida Júnior, as teorias
da educação no século XIX e as fotografias de Rita de Paula Ybarra
Alex Miyoshi
A pintura de Almeida Júnior contempla de forma especial a representação
de leitores, em particular de mulheres leitoras. Esta comunicação relaciona seu
quadro Leitura (1892) à iconografia
geral do assunto, assim como às ideias de intelectuais e políticos paulistas
sobre a educação no final do século XIX. Observa-se que a obra do pintor, para
além do relativo arrojo da abordagem temática – o retrato de “mulheres
avançadas” – e da mensagem de progresso pedagógico e social, afirma igualmente
o lugar doméstico da mulher, em harmonia e consonância com o trabalho do homem.
Concluindo o artigo, em contraponto à obra de Almeida Júnior, analisaremos as
fotografias que retratam Rita de Paula Ybarra, esposa do pintor.
Alexander Gaiotto
Miyoshi é pós-doutorando em história da arte no programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da
ECA-USP, com supervisão do prof. Tadeu Chiarelli. É também bolsista da FAPESP e
integrante do Grupo de Estudos Arte & Fotografia.
16h30 às 17h30
A violência como
elemento distintivo entre a representação do índio no Brasil e México no século
XIX
Maraliz de Castro
Vieira Christo
As imagens oitocentistas relativas ao período colonial brasileiro
enfatizaram, de início, o altruísmo dos portugueses em efetivar uma civilização
nos trópicos; posteriormente, sua conseqüência: o índio morto. No mesmo século,
artistas mexicanos não representaram fatos ou personagens concernentes ao
passado colonial, elegendo como origem simbólica o período pré-hispânico,
produzindo telas contundentes sobre a violência da conquista. Ao compararem-se
quadros históricos produzidos no Brasil e no México, percebesse como os
artistas brasileiros evitaram expor de forma explícita o confronto e a
violência da colonização, denunciando-os sutilmente ao mostrarem a infelicidade
de belas índias. Apesar das diferenças, um ponto aproxima Brasil e México: a
não representação do índio contemporâneo na pintura histórica do século XIX.
Maraliz de Castro
Vieira Christo possui licenciatura em História pela Universidade Federal de Juiz de
Fora (1979), mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (1987) e
doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Foi
bolsista da Foundation Getty junto ao Institut National d´Histoire de l Art de
Paris (2003-2004). Recebeu o Grande Prêmio Capes de Tese Florestan Fernandes em
2006, concedido à melhor tese defendida em 2005 no conjunto das grandes áreas
de Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas e Lingüística, Letras e Artes.
Fez estágio pós-doutoral na Universitat Jaume I de Castelló, na Espanha, e na
Escuela Nacional de Antropología e Historia-INAH, México, em 2009. Atualmente é
professora associada da Universidade Federal de Juiz de Fora.